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É fácil perceber que a família está em crise no mundo de hoje. A infidelidade, os relacionamentos frustrados, a depressão, o alcoolismo, o uso de drogas, a rebeldia, o suicídio de jovens e uma série de outros males atingiram proporções epidêmicas.
Se em nossa sociedade houvesse mais famílias felizes, com certeza, teríamos um mundo bem melhor. Esse é o motivo que nos levou a preparar o curso Família Feliz. As dez lições deste curso abordam assuntos como: a escolha do companheiro de vida, o que é indispensável para um casamento completo, o sexo, a educação dos filhos, as finanças, a saúde e outros temas de grande importância para a felicidade no lar.
Desejamos que este curso seja um guia e incentivo para você enriquecer ainda mais seus relacionamentos e ter uma família cada vez mais feliz!

Lição 1 – O AMOR, UM DOM DE DEUS 

Uma das maiores necessidades do ser humano é a de amar e ser amado. O amor é indispensável à sobrevivência pois, sem ele, perdemos nossas vitalidades emocional e física. Quando experimentamos o amor, sentimos um profundo bem-estar que nos afeta física, mental, social e espiritualmente.
Carência de afeto leva muita gente ao divórcio, aos hospitais psiquiátricos e ao suicídio. Uma criança que não tem um relacionamento afetivo com os pais, especialmente com a mãe, pode desenvolver distúrbios emocionais e apresentar prejuízos no desenvolvimento físico. Para manter o casamento, só o amor; quando ele falta, a família se desmorona em frustração.

1. A origem do amor

“Deus é amor”! Ele é a fonte de todo amor verdadeiro. Ele “tanto amou o mundo que deu o seu Filho” em sacrifício (1João 4:8; João 3:16). Jesus deixou o Céu para morrer por nós. Nunca haverá uma demonstração de amor maior do que esta. Este amor divino deve ser a base do amor que devemos ter para conosco e o nosso próximo.

2. O que o amor não é

O amor não é um sentimento, que pode desaparecer. Os sentimentos podem ser alterados pelo estado emocional, pelos sentidos, por doenças, pela atitude do(a) companheiro(a), etc. Geralmente, a primeira atração entre duas pessoas baseia-se naquilo que se sente. Mas quando a relação chega ao casamento, ela não deve mais basear-se apenas nos sentimentos.
Por vezes, confunde-se o amor com ardente paixão que, quando é provada nas adversidades, murcha e morre. O resultado são muitos casais amargurados por decepção e desilusão. O amor é como um plantinha que precisa ser cultivada e nutrida para que não morra. A base de um casamento saudável deve ser um princípio adotado por uma decisão racional – que parte de uma vontade consagrada por Deus – de amar, custe o que custar.

3. Princípios do amor verdadeiro

Em um relacionamento a dois, surgirão momentos de insatisfação emocional, como se os sentimentos do início da relação tivessem acabado. Daí surgem dúvidas: “Será que não gosto mais dele(a)?” “O que há de errado?” Mas tais momentos também fazem parte de um relacionamento e é a partir daí que escolhemos amar. Por isso, os sentimentos não são o guia mais seguro. Os princípios do amor verdadeiro devem estar em ação.
3.1 O amor verdadeiro vem de Deus – Se Deus é a origem do amor, quanto mais buscarmos conhecê-Lo, mais capacitados vamos estar para amar nosso cônjuge.

“O que é preciso para ser feliz?
Amar como Jesus amou…
Viver como Jesus viveu,
Sentir o que Jesus sentia…”
(Pe. Zezinho)

3.2 O amor verdadeiro nos leva a amarmos a nós mesmos – “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22:39). “De todos os julgamentos que fazemos, nenhum é tão importante quanto o que fazemos sobre nós mesmos” (Nathaniel Branden, escritor-psicólogo).
A auto-estima que inclui confiança e respeito próprios nos capacita a lidar com os desafios da vida, sem deixar de ser feliz. A pessoa que tem uma boa auto-estima procura entender e dominar os problemas que surgem; respeitar e defender seus interesses e necessidades.
Quanto melhor estiver a nossa auto-estima, mais conseguiremos ter relações saudáveis com respeito e boa vontade. Mas não confunda “amor a si” com auto-glorificação à custa dos outros. A auto-estima não pode ser corrompida pela arrogância.
3.3 O amor verdadeiro envolve compromisso – Por inexperiência e imaturidade, muita gente faz promessas românticas que nunca serão cumpridas. Sem comprometimento, o amor verdadeiro não pode ser desenvolvido. O casamento é muito importante; é necessário que se prepare muito bem antes de se comprometer para sempre.
3.4 O amor verdadeiro é incondicional – Só num clima de amor incondicional, que conseguimos relaxar as defesas e permitir que se desenvolva a intimidade. Amar sem querer nada em troca não é natural para o ser humano, mas devemos lutar por isso. Não há nada que apele mais ao coração que amor e aceitação incondicionais.
3.5 O amor verdadeiro perdoa – Um médico-missionário chamado McMillen, afirmou que “ao Jesus dizer que devemos perdoar até setenta vezes sete, estava pensando não só em nossas almas, mas em salvar nossos corpos da síndrome de colite, da doença das coronárias, da hipertensão arterial e de muitas outras enfermidades”. Ninguém é perfeito, mas quando se perdoa, o amor é fortalecido.
3.6 O amor verdadeiro respeita a individualidade – Quando amamos alguém de verdade, deixamos esse alguém ser ele mesmo, sem tomar conta do espaço dele. Não é preciso dominar o outro; é preciso respeitar sua liberdade de pensamento e de decisões. Permita-lhe desenvolver seu potencial e sua identidade própria.
3.7 O amor verdadeiro é doador – Sua maior preocupação deve ser a de servir seu(sua) companheiro(a). Felizes são os que se preocupam mais em dar que em receber. O amor procura favorecer outros, saindo do seu caminho, para dar, fazer, ajudar, aliviar e partilhar. Não é fácil dar amor. Mesmo quando os outros falham conosco, podemos escolher amar.

4. A supremacia do amor

É muito normal que as emoções românticas sejam abafadas pela correria do dia-a-dia. Precisamos saber lidar com os problemas sem desvalorizarmos a nós mesmos, ou ao nosso companheiro. Para isso, devemos pedir a Deus que nos ensine a amar. Compare o texto abaixo, com sua forma de amar:

“Se eu tivesse o dom de falar em outras línguas sem tê-las aprendido, e se eu pudesse falar em qualquer idioma que há em toda a terra e no céu e no entanto não amasse os outros, eu estaria só fazendo barulho. Se eu tivesse o dom de profetizar, e conhecesse tudo sobre o que vai acontecer no futuro, soubesse tudo sobre todas as coisas, e contudo não amasse os outros, que bem faria isso? Mesmo que eu tivesse o dom da fé, a ponto de poder falar a uma montanha e fazê-la sair do lugar, ainda assim eu não valeria absolutamente nada sem amor. Se eu desse aos pobres tudo quanto tenho e fosse queimado vivo por pregar o Evangelho, e contudo não amasse os outros, isso não teria valor algum.
O amor é muito paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento, nunca é presunçoso nem orgulhoso, nunca é arrogante, nem egoísta, nem tampouco rude. O amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço, nem melindroso. Não guarda rancor e dificilmente notará o mal que outros lhe fazem. Nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa. Se você amar alguém, será leal para com ele, custe o que custar. Sempre acreditará nele, sempre esperará o melhor dele, e sempre se manterá em sua defesa ” (1Coríntios 13:1-8 – BV).

5. Analise sua capacidade de amar.

 

PARA   COLOQUE
 Sempre  4
 Às vezes  3
 Raramente  1
 Nunca  1

1. Demonstro paciência e bondade quando surgem situações desfavoráveis a mim.( )
2. Respeito a maneira de pensar dele(a) mesmo, quando penso de forma contrária.( )
3. Elogio o seu modo de ser. ( )
4. Ao demonstrar atitudes gentis, faço isto para agradá-lo(a).( )
5. Valorizo as realizações dele(a) sem sentir-me diminuído(a). ( )
6. Desejo saber as vontades do meu cônjuge e equilibrá-las com as minhas, fazendo com que ambos sintam-se realizados. ( )
7. Procuro preencher as necessidades dele(a), ao invés de exigir que as minhas sejam satisfeitas primeiro. ( )
8. Desejo que as demonstrações de afeto do meu cônjuge sejam espontâneas. ( )
9. Esqueço e perdôo com facilidade quando não sou bem tratado(a). ( )
1O. Perdoo facilmente. ( )
11. Responsabilizo-me pelos meus próprios erros sem culpar o meu cônjuge. ( )
12. Faço promessas que eu possa cumprir. ( )
13. Procuro ser fiel e honesto(a) com o meu cônjuge dizendo a verdade. ( )

Some todas as respostas e veja o resultado.
Menos de 15 pontos = Sinal vermelho! Pare imediatamente e reflita sobre suas atitudes. Elas podem estar levando sua relação a definhar-se cada vez mais.
Entre 15 e 39 pontos = Sinal amarelo! Atenção! Há muito a melhorar. Você ainda tem deixado, por algumas atitudes, de expressar o amor verdadeiro.
De 39 pontos para cima. Sinal verde! Continue crescendo rumo à expressão do verdadeiro amor. Você já pode sentir o quanto suas atitudes positivas em relação ele(a) têm a ver com um bom relacionamento.

Conclusão

Desenvolver o amor verdadeiro pode fortalecer a união a dois, tornando-a aprazível e satisfatória. Isso é trabalho de uma vida. Mas o amor desenvolvido é essencial para a própria plenitude da vida e da felicidade familiar. Esse desenvolvimento depende da nossa atitude e não dos nossos sentimentos. Para agir assim, precisamos nos aproximar cada vez mais de Deus, porque Ele é a única fonte do amor.
Que Ele abençoe você nessa busca constante.

Leia mais sobre o que estudamos em:

Aprendendo a Amar. Josh McDowell, Editora Candeia
Auto-Estima. Nathaniel Branden, Editora Saraiva
Cartas a Jovens Namorados. Ellen G. White, Editora Casa Publicadora Brasileira

Momento de Refletir

1. Como você tem demonstrado amor em seus relacionamentos?
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2. O que você pode fazer para aumentar, no dia-a-dia, o amor entre você e a pessoa que você ama, como um princípio adotado pela razão? Que efeitos você acha que isso trará para o relacionamento? ____________________________________________________

3. O que podemos aprender com o exemplo de Jesus ao demonstrar amor pelas pessoas?
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