Se as últimas décadas foram marcadas pelas vitórias da medicina sobre muitas doenças do corpo, o desafio do século 21 é ajudar a humanidade a não entrar em colapso emocional. Não se trata apenas dos distúrbios sérios, que pedem tratamento profissional com terapias e remédios, mas do equilíbrio emocional no dia a dia. Saúde é mais que ausência de doença, é bem-estar total.
É possível viver o hoje, livre do ontem e sem medo do amanhã
Os especialistas falam de vários inimigos da saúde emocional, entre eles: ansiedade e culpa. Os sintomas podem ser percebidos no pai que perde o sono por causa do risco do desemprego; da mulher que vive a pressão de conciliar o trabalho com o papel de mãe; ou de um adolescente que, bombardeado pela propaganda, acredita que seu valor se mede pela marca de uma roupa. O pior da ansiedade é que ela nos aprisiona ao futuro. Coloca a felicidade como algo a ser alcançado, mas indisponível agora. Cria o sentimento de constante insatisfação, mau humor e intolerância. Faz com que as incertezas do amanhã tirem a paz do hoje.
A culpa, por sua vez, nos amarra ao passado. Seu peso pode ser sentido pelos pais que perderam o filho para as drogas; pelo jovem, outrora ingrato, que agora toca o caixão da mãe; ou pelo marido que carrega o remorso da destruição de seu lar por uma aventura amorosa. A culpa não resolvida esgota as forças. Suga o que há de melhor em nós. Ri dos sonhos de liberdade e regeneração, jogando na cara do culpado uma dívida impagável. Gera angústia, depressão. Pode matar.
O segredo – O problema é moderno, mas a solução de Deus é muito antiga: “Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal” (Mateus 6:34). O conselho é simples e prático, porque Ele, no verso anterior, promete suprir todas as necessidades daqueles que O buscarem (v. 33). Se você duvida, olhe para as aves, que não pedem socorro e não fazem nada por merecê-lo, mas mesmo assim são sustentadas (v. 26). O texto ainda termina dizendo que é inútil o homem se angustiar em relação ao que não pode mudar, pois aquilo que está além de nós, deve-se confiar a Deus (v. 27). Para os ansiosos, Ele pode quebrar as cadeias que os prendem ao futuro.
Quanto à culpa, alguns psicólogos diriam que o Cristianismo é a religião que mais oprime o homem. É verdade que durante muitos séculos uma falsa compreensão sobre o caráter divino fez da fé um fardo insuportável. Alguns chegaram a considerar a voz do Diabo mais doce que a de Deus. Mas esse não é o retrato que a Bíblia pinta: “Venham a Mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei descanso…” (Mateus 11:28). A paz interior que o Deus da Bíblia concede está além do entendimento, porque não vem de passeatas contra a violência ou de acordos de cessar-fogo, mas do toque de quem conhece o íntimo do ser humano. Ele é especialista em jogar culpas no fundo do mar e apagar o passado perturbador.
Certo do desequilíbrio do homem moderno, Deus providenciou um dia por semana para celebrar a liberdade emocional. O sábado é símbolo do cuidado e perdão de Deus. Do cuidado, porque aceita-se o desafio de ficar 24 horas longe das preocupações diárias. As contas e compromissos não deixam de existir, mas a responsabilidade é compartilhada com Deus. Foi essa a experiência do povo de Israel no deserto. Toda sexta-feira caía maná (pão do Céu) em dobro, para que no sábado descansassem na providência divina (Êxodo 16:4-31).
Os especialistas falam de vários inimigos da saúde emocional, entre eles: ansiedade e culpa. Os sintomas podem ser percebidos no pai que perde o sono por causa do risco do desemprego; da mulher que vive a pressão de conciliar o trabalho com o papel de mãe; ou de um adolescente que, bombardeado pela propaganda, acredita que seu valor se mede pela marca de uma roupa. O pior da ansiedade é que ela nos aprisiona ao futuro. Coloca a felicidade como algo a ser alcançado, mas indisponível agora. Cria o sentimento de constante insatisfação, mau humor e intolerância. Faz com que as incertezas do amanhã tirem a paz do hoje.
A culpa, por sua vez, nos amarra ao passado. Seu peso pode ser sentido pelos pais que perderam o filho para as drogas; pelo jovem, outrora ingrato, que agora toca o caixão da mãe; ou pelo marido que carrega o remorso da destruição de seu lar por uma aventura amorosa. A culpa não resolvida esgota as forças. Suga o que há de melhor em nós. Ri dos sonhos de liberdade e regeneração, jogando na cara do culpado uma dívida impagável. Gera angústia, depressão. Pode matar.
por Wendel Lima
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