Por ocasião do século XVI, na Espanha, falava-se muito que existia, numa determinada região do mundo, uma fonte maravilhosa cuja água era capaz de realizar o milagre da eterna juventude. Por causa disso, o rico governador de Porto Rico, Ponce de Léon, deixou tudo – sua família, seu governo, sua terra – e partiu com três caravelas em busca dessa poderosa fonte. Ele investiu suas riquezas, enfrentou a bravura do mar, descobriu uma nova região a qual chamou de Flórida, lutou contra tribos hostis e finalmente morreu em 1521.

À semelhança de Ponce de Léon, os casais do século XXI também estão em busca da uma fonte, a do amor correspondido, com o objetivo de sempre rejuvenescer a vida a dois. Esta busca é natural, pois uma das necessidades básicas do ser humano é amar e ser amado sempre. “Por isso, homens e mulheres procuram cada vez mais alguém que atenda às suas necessidades emocionais, que ficaram ignoradas por tanto tempo” – John Gray, Os Caminhos do Coração, p. 8.

No passado, o que geralmente se buscava no casamento, era a segurança financeira e social. Hoje, homem e mulher estão cada vez mais independentes social e financeiramente. Portanto, a base cultural do casamento de nossos avós e pais mudou.

As mulheres estão conquistando cada vez mais seu espaço no mercado de trabalho. De forma que “28% dos cargos de chefia do mundo estão nas mãos de mulheres” – Men’s Health, Setembro /2007, p. 138. À semelhança dos homens, elas estão trabalhando fora e conquistando assim, não só sua independência financeira como também status social e liderança.

Então, o que homens e mulheres estão buscando no casamento hoje não é mais segurança financeira ou status social, é aquilo que eles não têm sozinhos – o prazer da vida a dois. Esse prazer se obtém numa relação onde se prioriza e se investe no amor, na cumplicidade, na verdade, na fidelidade, na comunicação, no romantismo e na valorização um do outro. Há muita gente, que à semelhança de Ponce de Léon, deixaria tudo e sairia em busca de uma fonte assim.

Shakespeare declarou: “Viver é amar”. Por isso, priorize o amor no seu relacionamento e invista o máximo em tudo aquilo que o expressa. Essa visão e investimento darão sentido e poder ao seu casamento. Não tenha medo de expressar intensamente o amor que você sente pela pessoa com quem se casou, pois “todos os bons sentimentos do mundo valem menos do que um simples gesto de amor” – James Russel Lowell.

Lembre-se que tão importante quanto amar é ser uma pessoa que expressa seu amor com romantismo, constância e criatividade. A expressão gerada pelo verdadeiro amor é fundamental no casamento, porque, sem romantismo, a vida a dois fica insípida. Talvez por isso, Frances Paget tenha dito: “O amor é a vida; a falta de amabilidade é a morte”.

Onde procuramos e encontramos a expressão do amor no casamento? Nos olhos, nas palavras, nas atitudes do outro. Isso acontece quando tornamos o outro o centro de nossas atenções e afeições. Quando fazemos com que o outro se sinta “a única água mineral geladinha do deserto”.

Quando a necessidade de amar e ser amado (amor correspondido) é gratificada na vida a dois, passamos a ser as pessoas mais felizes do mundo, porque passamos a desfrutar das alegrias que somente o amor traz ao coração.

Medite: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” – Mateus 7:12.

Fonte: www.vidaadois.net