“Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor” (Jeremias 17:7).

Vimos até agora quantos recursos maravilhosos Deus deixou para que tivéssemos uma boa saúde. Nesse estudo, vamos compartilhar outro ingrediente que é indispensável para o equilíbrio do nosso corpo: a confiança em Deus. Você sabia que a crença religiosa influencia na prevenção e restauração de doenças? Sabia que a oração, a meditação e a fé em Deus auxiliam no processo da cura física?

Bem, talvez você seja uma pessoa que não possua hábitos religiosos e não costuma sentar nos bancos de uma igreja. Ou, quem sabe, desacredita no Deus pessoal revelado pela Bíblia. Mas numa coisa você irá concordar comigo: a crença em algo ou em alguém influencia no tratamento contra doenças. Pode ser a crença num determinado remédio, hospital ou até em algum médico, não importa, a fé sempre estará presente em situações de desamparo e vulnerabilidade, visando o restabelecimento do corpo diante das doenças. Afinal, queremos viver com saúde!

Observe estes exemplos. Num estudo, médicos conseguiram eliminar verrugas pintando-as com um corante brilhante que não possuía efeito algum, embora os pacientes imaginassem que o tal corante fosse um remédio. Em outro estudo feito com asmáticos, pesquisadores descobriram que podiam causar dilatação das vias respiratórias deles apenas dizendo que estavam inalando um poderoso dilatador, mesmo quando não estavam. Além disso, estas pesquisas mostraram de forma clara que, quando pacientes fazem uso de uma substância acreditando que ela irá curá-los (placebo), os sintomas, na maioria das vezes, são amenizados ou desaparecem completamente.

A questão é que, dentro de nós, existe o desejo e a necessidade de acreditarmos em algo. Foi Deus quem colocou isso em nós. Agora pense comigo: se a confiança de uma pessoa nos médicos e medicamentos influencia na saúde, imagine então o poder que a fé no Deus Criador exercerá sobre o nosso bem-estar físico, mental e espiritual! Mas você pode perguntar: O que é fé? A Bíblia responde: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hebreus 11:1). Quer explicação mais clara e precisa do que esta? A fé se baseia na confiança e na esperança de que algo que está fora do nosso controle acontecerá. Como uma criança que se lança com os olhos fechados sobre os braços do pai, a fé nos projeta para os braços seguros de Deus, mesmo sem vê-Lo.

O problema é que, muitas vezes, queremos controlar as coisas, as pessoas e as situações. Somos limitados quanto à capacidade de lidar com tudo aquilo que nos acomete. Quanto maior a nossa tentativa de controlar uma situação, maior é a nossa ansiedade e confusão. Isto não significa que precisamos ser passivos a tudo aquilo que acontece conosco, mas que precisamos discernir entre o que podemos ou não mudar.

Quando aceitamos a nossa incapacidade para alguma coisa, damos lugar à fé, que é a confiança de que Deus está no controle da situação. A dificuldade no desenvolvimento da fé acontece quando não aceitamos a nossa impotência diante de situações difíceis. Enquanto a aceitação de uma perda, de uma dor ou da nossa própria incapacidade não acontecer, não desenvolveremos a fé e, portanto, Deus ficará limitado em Suas ações para nos ajudar, não por ser limitado, mas por respeitar a nossa liberdade em depositar nEle ou não a nossa confiança e esperança.

O convite de Jesus é este: “Tende fé em Deus. Porque em verdade vos afirmo que se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer, assim acontecerá” (Marcos 11:22 e 23).

Tenha fé e mais saúde!

A fé cura. Ultimamente, há trabalhos científicos mostrando que há uma forte relação entre a fé religiosa e melhores respostas fisiológicas em nosso organismo. Um dos cientistas médicos que pesquisam este assunto profundamente é o Dr. Harold Koenig, professor do Departamento de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Duke University, Carolina do Norte, Estados Unidos. Em um de seus livros, ele mostra que a prática da fé produz[1]:

– Melhor funcionamento do sistema imunológico;

– Menores taxas de morte pelo câncer;

– Menor risco para adquirir doenças/melhores resultados em doenças do coração;

– Pressão arterial mais baixa;

– Menor nível de colesterol;

– Menos tabagismo;

– Melhor sono;

– Pessoas religiosas vivem significantemente mais;

– Bem-estar, esperança, otimismo, propósito e significado na vida;

– Menos depressão e mais rápida recuperação;

– Menores taxas de suicídio;

– Menos ansiedade e medo;

– Maior satisfação e estabilidade conjugal;

– Maior apoio social;

– Menos abuso de substâncias.

Em 1988, o médico norte-americano Randolph Byrd fez um interessante estudo com pacientes que haviam sofrido infarto e estavam em recuperação. Uma parte desses pacientes recebia oração, enquanto o grupo restante não recebia. Nenhum dos pacientes sabia a respeito da pesquisa e as pessoas que oravam também não sabiam por quem estavam orando. A ideia era que a pesquisa não sofresse nenhuma interferência ou sugestão por parte dos envolvidos. Os resultados foram os seguintes: os pacientes que receberam oração passaram a usar cinco vezes menos antibióticos (porque não tinham mais esta necessidade), tiveram três vezes menos ocorrência de edema agudo dos pulmões, tiveram menos necessidade de intubação do que outros pacientes e o número de mortes neste grupo foi reduzido.[2] Que coisa fantástica, não?

Outra pesquisa realizada na Universidade de Duke, nos Estados Unidos, comprovou que a prática religiosa, a oração e a fé estão diretamente ligadas ao fortalecimento do nosso sistema imunológico, prevenindo doenças e ajudando a combatê-las. Neste estudo, os pesquisadores concluíram que, quando uma pessoa medita sobre Deus e ora, há reduções de níveis de cortisol no sangue (que é aumentado em situações de estresse) e maior equilíbrio da pressão arterial (que também costuma aumentar em situações de estresse), chegando a diminuir em 40% o risco de estas pessoas desenvolverem hipertensão arterial (pressão alta). Além disto, foi comprovado cientificamente que o nível da dopamina (neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar) aumenta quando uma pessoa ora.[3]

Observe esses outros dois estudos: Bruce Rabin, da Universidade de Pittsburgh, mostrou que crenças e atividades religiosas podem influenciar o sistema nervoso simpático, melhorando e aumentando seu funcionamento, ajudando, assim, a diminuir o estresse e melhorar a sociabilidade.[4] E no Brasil, um estudo realizado na Universidade de São Paulo divulgou que a recuperação de pacientes com câncer está diretamente ligada à sua religiosidade. Segundo os pesquisadores, os pacientes que possuem uma crença religiosa se mostram mais confiantes para lutar contra a doença, além de o sistema imunológico ser fortalecido por causa da fé.[5]

Coincidências? Absolutamente, não. Como sabemos, a mente e o corpo trabalham juntos. Quando um está sobrecarregado, procura dividir com o outro a “carga” a fim de não ser lesado. Se a mente está sobrecarregada, tenderá a dividir com o corpo o que está “sentindo”. Por isso, é comum ouvirmos relatos de pessoas com um sofrimento emocional que também reclamam de dores físicas reais e até mesmo chegam a desenvolver doenças físicas. Quando abrimos o coração a Deus e compartilhamos sentimentos e falamos sobre o que nos aflige e nos angustia, a mente é aliviada em seu sofrimento e, consequentemente, o corpo também sente os benefícios deste alívio emocional. Isto evidencia a relação que a oração, a confiança em Deus e a esperança têm, tanto com nossa saúde física quanto com a emocional.

O que acontece quando oramos?

Como estudamos na lição sobre “Temperança”, o lobo frontal é uma região do cérebro responsável pelo planejamento de comportamentos, pelas tomadas de decisões, pelo controle emocional, pela autoconsciência e pela independência. Um interessante estudo foi feito pelo Dr. Andrew Newberg, neurocientista da Universidade da Pensilvânia, autor do livro “How God changes the brain”[6]. Ele pesquisou os efeitos das práticas religiosas nas atividades cerebrais e constatou o seguinte: “Os nossos estudos usando imagens do cérebro mostram que, no longo prazo, há alterações no lobo frontal (relacionado à memória e à regulação das emoções) e no sistema límbico (ligado às emoções). As pessoas tendem a conseguir controlar mais suas emoções e expressá-las. A meditação e a oração ajudam a melhorar a relação consigo mesmo e com os outros. Também especulamos que essas práticas alteram, inclusive, a química cerebral, como os níveis de serotonina e dopamina, que regulam nosso humor, nossa memória e o funcionamento geral de nosso corpo, mas ainda não temos provas disso.”[7]

Muitas pessoas relacionam a oração e a meditação na Palavra de Deus como sendo uma experiência ineficaz e fantasiosa. No entanto, cada vez mais a ciência chega perto dos benefícios reais destas práticas, além da própria experiência pessoal e individual. Portanto, se você não é uma pessoa religiosa, você está perdendo uma grande oportunidade de melhorar a sua qualidade de vida, seus relacionamentos e sua saúde física. Exerça a sua fé e entregue-se nos braços de Deus!

Quer viver mais? Tenha fé!

Enquanto milhões de pessoas procuram o elixir da vida e a fonte da juventude em pílulas, cosméticos e tratamentos dispendiosos, a fé se revela como uma fidedigna parceira do homem na busca pela longevidade. A própria ciência tem comprovado que a fé e a prática religiosa estão intrinsecamente relacionadas com o aumento da expectativa de vida de uma pessoa. De acordo com o psiquiatra e professor da Universidade de Duke, Harold Koenig, a religiosidade aumenta a sobrevida das pessoas em até 35%. Segundo ele, três fatores influenciam a saúde de quem desenvolve e pratica uma fé[8]:

  1. As crenças e o significado que estas crenças dão à vida, facilitando o sentimento de esperança, de conforto e de orientação para decisões diárias da vida, de acordo com aquilo que se acredita, contribuindo para a redução do estresse;
  2. O apoio social que as pessoas religiosas acabam recebendo em suas igrejas e comunidades, ao estar em contato com outras que possuem a mesma fé, as mesmas crenças e que se mostram, portanto, empáticas e solidárias às necessidades e sofrimentos da vida;
  3. O impacto que a religião tem na adoção de hábitos saudáveis: pessoas religiosas tendem a não fazer uso de álcool e tabaco, a não se envolver em comportamentos de risco como relações sexuais fora do casamento e envolvimento com drogas, além da tendência de serem estimulados a cuidarem da própria saúde de acordo com orientações e mandamentos bíblicos.

Até mesmo pessoas que se tornam religiosas depois de algum tempo de vida, quando já são adultas ou até mesmo idosas, recebem benefícios desta escolha, principalmente nos âmbitos psicológico e social: a vida ganha um novo sentido, novas amizades são formadas, e o desenvolvimento da esperança produz um aumento da qualidade da saúde e, portanto, colaboram para a longevidade.

A prática da fé também contribui para o aumento da expectativa de vida. Segundo uma revisão de 42 estudos que examinaram 125.826 pessoas, publicada na revista científica Health Psychology[9], a ida regular à igreja está relacionada a um maior período de vida. De acordo com os estudos, além de frequentar uma igreja, ser membro de uma organização religiosa, participar de atividades relacionadas à igreja e a frequência de orações também contribuem para a longevidade.[10]

VOCÊ E O CRIADOR

Desde pequenos, fomos ensinados a confiar em nós mesmos. Em parte, essa autoconfiança é necessária para nos dar segurança em meio aos desafios do trabalho, dos estudos, dos relacionamentos e até mesmo para não sucumbirmos diante das adversidades da vida. No entanto, não somos capazes de controlar todas as situações que nos circundam e muito menos o turbilhão de emoções que invadem nossos sentidos todos os dias. Afinal, somos limitados. A verdade é que precisamos de Alguém. Esse Alguém é Deus. Ele quer um espaço no seu coração, na sua agenda e nas suas prioridades. Deus lhe convida a depositar nEle a sua confiança. “Em Deus, cuja palavra eu louvo, no Senhor, cuja palavra eu louvo, neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei” (Salmo 56:10 e 11). O que falta para você se lançar agora nos braços do Pai? Ele está esperando você com os braços abertos.

 

 

 

[1]Fonte: H. Koenig, “Impact of Religion on Health”, 2005. www.sma.org/presentations/2005; H. Koenig, M.D. – Dept. of  Psychiatry and Medicine, Duke University Medical Center – “Religion, Spirituality, and Medicine: Research Findings and Implications for Clinical Practice.” – Southern Medical Journal, vol.97, Number 12, Dec 2004.

[2] Fonte: http://newsweek.washingtonpost.com/onfaith/faithandhealing/2009/04/the_power_of_prayer_part_i–scientific_studies.html

[3] Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mente_fe.htm

[4]Fonte: http://www.portalnatural.com.br/saude-mental/saude-mental/a-conexao-entre-religiao-e-saude

[5]Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0320/bem_estar/conteudo_533899.shtml?pag=1

[6]“Como Deus muda seu cérebro”

[7]Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI64993-15224,00-A+FE+QUE+FAZ+BEM+A+SAUDE.html

[8]Fonte: http://amigosdeoracao.wordpress.com/2012/10/17/especialista-conclui-que-fe-influencia-longevidade/

[9] Psicologia da Saúde.

[10] Fonte: http://emedix.uol.com.br/not/not2000/00jun04psi-apa-aos-religiao.php