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Um dia, todo sofrimento terá fim. Chegará o tempo em que estaremos plenamente realizados e veremos claramente que Deus é bom e que Sua vontade é a melhor alternativa.

“Professor”, dizia ela, “eu sempre acreditei em Deus. Sempre amei Jesus e acreditava que Ele me amava. Minha mãe sempre orava comigo e pedia a proteção de Deus para mim. Sempre confiei nas orações dela e no Deus que podia todas as coisas.” “Só que, um dia, tudo isso mudou”, ela explicou. “Quando estava no oitavo ano do ensino fundamental, eu e minha amiga fomos abordadas por dois homens quando íamos para o colégio. Eles nos levaram para uma construção abandonada e, ali, mais do que nunca eu esperei por Jesus. Eu clamei por ajuda em oração. Professor, Ele viu meu desespero, mas não fez nada; e eu e minha amiga, aos 13 anos, fomos violentadas. Eu prefiro acreditar que Deus não existe do que imaginar que Ele existe e não fez nada.”

Você pode imaginar a minha dor ao ouvir tudo aquilo, mas não imagina a dor que vi nos olhos daquela garota. Naquele momento, eu respirei fundo sem ter nada para fazer além de abaixar a cabeça e chorar com ela. Em meio às lágrimas e ao silêncio, eu olhei para ela e disse: “Menina, perdoe a Deus. Não que Ele tenha errado, mas perdoe até que Ele volte, abrace você e lhe explique o que agora é inexplicável. Neste mundo, nenhum ser humano poderá lhe dar as respostas que você precisa; mas, um dia… um dia, você entenderá o que hoje parece impossível.”

A verdade é que nem tudo se encaixa na teologia humanizada que criamos. Porém, nossa consciência continua apelando ao nosso coração, dizendo: “Confie! A esperança sempre vencerá!” Deus está ao nosso lado mesmo em meio à dor e ao sofrimento. Ele prometeu estar conosco inclusive no vale da sombra da morte. É verdade que Deus não impede que coisas ruins aconteçam a pessoas boas; mas também é verdade que Ele não nos abandona em nossa dor. Ele é o único que o compreende, que sabe o que você viveu, que acompanhou cada lágrima que você derramou. Ele entende sua dor e o ama incondicionalmente.

O fato de não termos todas as respostas não significa que Ele não seja nosso criador e, muito menos, que não se importe conosco. Um dia, todo sofrimento terá fim. Chegará o tempo em que estaremos plenamente realizados e veremos claramente que Deus é bom e que Sua vontade é a melhor alternativa.

O que fazemos, em geral, com nossa lógica humana, é colocar em Deus a culpa das coisas que dão errado e, assim, tentamos tirá-lo de nossa vida. O mal não domina sobre todas as coisas porque Deus é o oposto do mal e mantém as coisas em equilíbrio até que Ele mesmo coloque um fim à maldade. Quantas pessoas culpam Deus pela fome em algum país da África, apenas para depois descartar o Criador como uma ideia que não deu certo? A culpa da fome e de todas as coisas ruins é de nós mesmos. Somos nós, seres humanos, que tomamos decisões e que escolhemos entre o certo e o errado. Somos nós que destruímos o planeta e os semelhantes. Não Deus! Satanás sempre quis deturpar o caráter de Deus, culpando-O pelo mal. Seu desejo é tirar Deus da vida das pessoas.

Imagine que o ateísmo esteja certo e que Deus não seja criador nem mantenedor da vida. Imagine que tudo isso seja invenção de religiosos que usam a divindade como um apoio; que toda religião não passe de misticismo e superstição. Nesse caso, você teria vindo do nada e de ninguém. Você estaria aqui sem finalidade, e ninguém poderia amá-lo nem ver sua angústia e sua dor. Depois da morte, não haveria mais nada. Sua origem seria o acaso. Não haveria um Deus criador. Jesus não teria vindo à Terra. Deus não seria a fonte da vida nem do amor.

Esta seria uma maneira aterrorizante de viver: uma vida sem propósito e sem esperança. Se você sofre, não haveria ninguém para socorrê-lo. Depois da morte, não haveria ressurreição nem Céu nem nova Terra. Acabou. Game over. Se Deus não existisse, poderíamos levar a vida como quiséssemos, sem culpa e sem responsabilidade moral por nossos atos. Sem Deus na história, cada pessoa poderia fazer o que bem quisesse, pois não existiria uma expectativa de recompensa ou de punição eterna. Não haveria juízo final.

Não permita que isso aconteça. Ao contrário, mais do que nunca, precisamos crer em Deus, em Sua graça, no amor e na redenção disponível em Jesus Cristo.

Esse texto é um fragmento do livro Esperança Viva: Uma escolha inteligente. Acesse: livro.esperanca.com.br para continuar lendo.